Hoje, domingo, vou reproduzir aqui mais uma síntese de uma história com uma pessoa que fez a diferença. Hoje é a história de LOUIS BRAILLE (1809-1852) - na gravura ao lado -, criador do sistema de leitura que levou o seu nome. A narrativa abaixo pode ser encontrada no livro VOCÊ PODE MUDAR O MUNDO, que conta 101 histórias de pessoas que fizeram a diferença no Mundo. Apesar da infelicidade em sua vida, o já pequeno vencedor não se deixou abater e utilizou a adversidade para criar um dos mais importantes sistemas que auxiliou os cegos na leitura. Com sua própria experiência em um mundo "escuro", utilizou-se de tudo que era possível para buscar uma possibilidade de usar tudo a seu favor. E com isso, fez realmente a diferença na vida de milhares de pessoas com um sistema de escrita e leitura. Veja abaixo como tudo aconteceu para a criação do sistema BRAILLE, que a gente sabe o que é, mas como tudo começou:
LOUIS BRAILLE
'Ele deu aos cegos um novo sistema de escrita e de leitura'
'Ele deu aos cegos um novo sistema de escrita e de leitura'
"Foi a frustração que instigou Louis a buscar soluções inovadoras - uma frustração que começou quando ele tinha apenas 4 anos de idade. Enquanto brincava com um furador de couro na loja de selas e arreios de seupai, Louis sofreu um acidente no qual furou um olho. A infecção se espalhou, e, antes do final do incidente, ele tinha perdido permanentemente a visão dos dois olhos.
Desde o início, Louis estava determinado a encontrar seu caminho sem precisar de uma bengala ou de ajuda das pesoas. Lenta, mas persistentemente, desenvolveu as habilidades motoras necessárias para se locomover pela casa, pelo quintal e pela cidade. Quando tinha idade suficiente, matriculou-se na escola municipal, onde ouvia com atenção e tentava memorizar cada palavra dita pelos professores. Louis, porém, não podia escrever nem ler e ficava frustrado por não conseguir acompanhar os colegas de classe.
Aos 10 anos de idade, Louis foi enviado a uma escola para crianças cegas em Paris. Gradualmente, foi se acostumando ao novo ambiente e tornou-se um estudante aplicado de embossing - um sistema no qual grandes letras eram esculpidas em baixo-relevo em papel grosso e pesado - o melhor sistema de leitura e escrita para cegos da época.Louis sentia-se embolgado com a possibilidade de aprender a ler e escrever, mas ficava frustrado com a lentidão do processo. Encontrava maior satisfação recebendo aulas de órgão e piano e praticava durante horas. Então, Charles Barbier visitou a escola de Louis. Barbier tinha desenvolvido um sistema chamado "escrita noturna" (foto ao lado). Inspirado no sistema militar de transmissão de mensagens secretas à noite, o sistema se baseava numa série de pontos. Porém, era extremamente complexo e difícil de compreender. Os pontos representavam sons, e não as letras do alfabeto, e por isso se afastava um pouco da escrita convencional e não tinha meios de representar os sinais de pontuação e os números.Fascinado pelo sistema, Louis começou a experimentá-lo a fim de improvisar algumas modificações.
Dos 12 aos 15 anos, trabalhou durante longas horas - às vezes durante noites inteiras, em detrimento da própria saúde - para adaptar o sistema de Barbier. O sistema que ele desenvolveu também se baseava em pontos, mas era simples e completo, podendo ser escrito e lido rapidamente; além disso, oferecia a promessa de poder ser usado de muitas formas, além dos livros. Seus colegas da escola e os professores rapidamente dominaram o sistema, considerando-o como uma grande melhoria. Seu sistema era aplicável a qualquer linguagem, à matemática, para a escrita à mão ou tipográfica. Antes de completar 20 anos de idade, Louis já tinha aplicado seu sistema também às notas musicais.
O maior desafio enfrentado por Braille foi político. Contratos importantes tinham sido firmados com os fabricantes do método embossing. Foram necessários mais vinte anos de esforços e frustrações até que o sistema de Braille fosse reconhecido publicamente como o novo padrão. Louis morreu aos 43 anos de idade, depois de anos de enfermidade, sem saber que seu sistema conquistaria aceitação mundial, mas sabendo em seu coração que dera o maior presente aos cegos. A placa em frente da casa onde passou a infância reconhece que ele 'abriu as portas do conhecimento para todos aqueles que não podem ver'."
O maior desafio enfrentado por Braille foi político. Contratos importantes tinham sido firmados com os fabricantes do método embossing. Foram necessários mais vinte anos de esforços e frustrações até que o sistema de Braille fosse reconhecido publicamente como o novo padrão. Louis morreu aos 43 anos de idade, depois de anos de enfermidade, sem saber que seu sistema conquistaria aceitação mundial, mas sabendo em seu coração que dera o maior presente aos cegos. A placa em frente da casa onde passou a infância reconhece que ele 'abriu as portas do conhecimento para todos aqueles que não podem ver'."
Pessoas que mudam o mundo transformam problemas
e frustrações pessoais em soluções criativas.
Em tempo: perceba que na época, uma situação política tentou atrapalhar a firmação de um sistema que mudaria a vida de muita gente. Para atrapalhar, só político mesmo!
"NÃO TE DEIXES VENCER DO MAL, MAS VENCE O MAL COM O BEM!" (Romanos 12:21)
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