A questão de todo tipo de violência e do tráfico de drogas, principalmente na capital do Rio de Janeiro vem de longa data. Os políticos e suas promessas de exterminar com o crime organizado sempre sucumbia com a falta de vontade de querer fazer. Autoridades políticas, que vivem em seus cabinetes refrigerados, reunidos com seus "GRUPOS" ou "BANDOS" de apoio eleitoral ou empresários que querem fazer um "investimento" na campanha eleitoral de quem está ou não poder, para depois colher frutos de possíveis contratos milionários, não têm a noção do grande mal que fazem para a sociedade. A grande "LIMPEZA" que está sendo feita nos principais morros do Rio de Janeiro, chamadas de "comunidade", mas que abrigam os mais perigosos bandidos do brasil, deve se extender também aos palácios onde se encontram os governantes e legisladores, onde se pode encontrar, facilmente, "BANDIDOS" travestidos de políticos, com algumas exceções.
Anos e anos de violência no Rio de Janeiro foi tolerado por diversos governos do Estado do Rio de Janeiro, que se curvavam a ameaças de traficantes e assaltantes profissionais, tornando o "poder paralelo" cada vez mais forte. Preocupados em atender aos "grandes acordos" políticos que são realizados antes de todas as eleições, os políticos profissionais, vestidos elegantemente, não tinham tempo para organizar uma ofensiva contra a bandidagem, que, por sua vez, aproveitava o tempo dado pelas autoridades para se fortalecer em todos os aspectos: traficar drogas; adquirir um arsenal de armas de grosso calibre; intimidar comunidades impondo regras; escravizar moradores no trabalho do tráfico; corromper policiais para facilitar a venda de drogas e obter informações privilegiadas sobre uma possível operação em determinado morro; fomentar grupos específios para roubos cada vez mais espetaculares; construção de casas luxuosas no topo do morro; criação de patrimônio oriundos dos crimes praticados; etc.
Enquanto isso... a sociedade civil organizada fica à margem, tendo apenas a orbrigação de ir às urnas para votar, depois de ser obrigado a ouvir e ver as mais diversas mentiras, hipocrisias e demagogias dos famigerados políticos profissionais ou de ocasião, estampando seus FOCINHOS na TV. Somado a isso, os altos benefícios oferecidos à classe política é um atentado aos cidadãos comuns, que se acotovelam e esbarram em ônibus lotados, trens e metrôs, entregues a empresas incapacitadas, cujo proprietário, talvez, estivesse no gabinete do político eleito, onde ofereceu apoio, ou seja, muito dinheiro na campanha para adquirir um bom contrato posteriormente. A população, desemparada, ignora tudo que acontece ao redor e busca a sobrevivência, alheia às mentiras escandalosas dos pseudo-governantes. Com uma legislação frágil e que beneficia os criminosos de "colarinho branco", o povo fica revoltado com tanta impunidade. Cadeia para político é quase uma UTOPIA no Brasil.
Mais decepcionante ainda é saber que determinados advogados, pessoas formadas para buscar o DIREITO de todos os cidadãos que se sentirem prejudicados, acabam por achar "MAIS FÁCIL" apoiarem o crime organizado, transformando-se em "aviõezinhos", "pombo-correios", "informantes de terno e grava", aproveitando-se do privilégio da sua função. A notícia da prisão de advogados que "alimentavam" os criminosos nos presídios, levando informações privilegiadas sobre a atuação das autoridades policiais em determinada comunidade onde o cliente, mesmo preso, ainda consegue controlar o tráfico e a criminalidade que aterroriza os moradores. O desvio de conduta dos profissionais que são treinados para agir contra a ilegalidade acabam por fortalecer o lado ruim, e assim, o crime se solidifica, pagando valores altos aos falsos profissionais do Direito, que, engravatados, circulam em fóruns e tribunais, contaminando uma classe já desgastada.
Além disso, não existe interesse para se fazer uma reforma completa na legislação para agilizar a punição aos criminosos, independente de sua origem ou classe social. Em Brasília, no Congresso Nacional, seja na Câmara de Deputados ou no Senado, os legisladores que antes tinham um escritório de advocacia na cidade onde trabalhava, agora trabalha contra a aprovação de leis que facilitem a punição aos que cometem diversos tipos de ilícitos. O objetivo é fazer com que um processo judicial se torne o mais longo possível para que assim, os clientes possam gastar mais com honorários advocatícios, oferecendo o maior número de recursos possíveis a seus clientes fraudadores, corruptores ou bandidos da pior espécie. No entanto, creio que esse tipo de artimanha esteja no fim, já que o Código de Processo Civil está próximo de ser alterado, fazendo com que "batalhas" judiciais se encurtem, e que as sentenças de muitos processos sejam proferidas com mais celeridade, colocando um PONTO FINAL nos longos andamentos processuais.
A questão é que a vontade política para a DESORDEM é muito maior do que pela ORDEM. Quando isso muda, e ORDEM é estabelecida. E quando tudo tende a se encaminhar para a organização, aqueles políticos que sempre vivem de "NEGOCIATAS" aparecem na televisão para fazerem discursos prontos, com uma explícita campanha eleitoral pessoal muito antecipada, vangloriando-se de fazer aquilo que é sua pura obrigação, e por isso foi eleito. O problema é que a maioria esmagadora dos políticos pensam que fazem o seu trabalho como se estivesse fazendo um FAVOR à sociedade, mas, na verdade, tudo aquilo que realizam, e quando realizam, não fazem mais do que OBRIGAÇÃO!
"JUSTIÇA QUER DIZER: FAZER O QUE É NECESSÁRIO; INJUSTIÇA: NÃO FAZER O QUE É NECESSÁRIO, ESQUIVANDO-SE!" (Demócrito de Abdera; filósofo, 460 a.C-370 a.C)