Emancipação do 2º Distrito em Cabo Frio: interesses diversos, mas candidatos não têm opinião contrária

A questão da emancipação de Tamoios, 2º Distrito de Cabo Frio, voltou a ser falado em todos os meios de comunicação. Depois de uma audiência pública em junho/2010, decidiu-se que será feito um estudo para a viabilidade econômica sobre a criação do 93º município do Estado do Rio de Janeiro, e, após plebiscito, criar ou não a cidade TAMOIOS. Tudo começou quando caravanas e mais caravanas com diversos ônibus saíram do 2º Distrito com direção a Capital Fluminense, para sessões na Assembléia Legislativa. A estratégia, iniciada em ano eleitoral, por Deputados da Capital do Estado do Rio de Janeiro, desarmou todos os políticos da região que veladamente são contra a "divisão" do município de Cabo Frio novamente. Mesmo sabendo da IMPOSSIBILIDADE de uma emancipação sem que seja determinada por uma Lei Complementar, de acordo com uma Emenda Constitucional, deputados estaduais interessados com os futuros votos de uma população sofrida e abandonada, que é a do 2º Distrito, aliado a ingênuidade ou não dos líderes da mesma região, a questão agora é forçar para que haja realmente uma emancipação, "CUSQUE O QUE CUSTAR". (uma coincidência com o programa da Band, CQC)

A vontade é tanta para fazer a emancipação de Tamoios, que a alegação simplória de todos os defensores é que o 2º Distrito é detentor de 73% dos royalties do petróleo que fica em Cabo Frio. A defesa da bandeira da emancipação diz ainda que apenas 05% (cinco por cento) desse montante vai para o 2º Distrito. E a culpa é de quem por essa irresponsabilidade?! Dos moradores que na cidade-mãe vive?! Evidentemente que não. Certo é que para todos os políticos interessados, bem como, principalmente, para aqueles políticos que engendraram e estão forçando até agora a emancipação, é mais fácil, ou "menos difícil", usar a estratégia da emancipação em um ano de eleição, onde a conquista é dupla: primeiro, que eles, "buscadores profissionais de votos", os políticos, ganhariam força na região e estariam constantemente na mídia, fingindo-se de "bons políticos", o que evidentemente, não são; segundo, que colocariam os políticos da região em uma, digamos, "sinuca de bico", ou seja, todos os candidatos a cargos públicos ou os que já são eleitos ficariam receosos em serem contra a emancipação com medo de perderem popularidade naquele Distrito abandonado.

A estratégia deu certo. A população do 2º Distrio acreditaram que os "políticos profissionais" da Capital do Estado estão realmente preocupados com eles, e os representantes políticos e futuros representantes ficaram "engessados" em suas opinições, pois, em época de eleição, ir contra uma vontade popular, ou pelo menos, de uma localidade do município de Cabo Frio, como é o caso, pode fazer com que aqueles votos não sejam alcançados em um futuro político na região. Assim, pode-se verificar que a "guerra política" das autoridades da Capital Fluminense contra as autoridades locais, ou seja, de Cabo Frio, se mostrasse desproporcional, embora o interesse fosse o mesmo: OS VOTOS, apenas isso. Não existe interesse de melhorar o 2º Distrito; não existe preocupação com as pessoas do 2º Distrito; e esse papo de Tamoios pode viver independente é conversa para enganar a todos os moradores, tanto de Cabo Frio, quanto a do 2º Distrito.

Os políticos que levantam a bandeira da emancipação mostram a "MÁSCARA" (próprio de pessoas do mal), e o argumento utilizado é tão fraco, que, judicialmente, derruba-se qualquer vontade "MALANDRA" de se apossar do poder no 2º Distrito, ou seja, da sua criação. Os políticos falam de "abandono", aproveitando as reclamações dos moradores e lideranças do 2º Distrito. No entanto, mesmo com o poder de mudança nas mãos, que há tempos têm, nada fizeram pelo 2º Distrito e nada farão, se ele for emancipado. A questão é puramente ELEITOREIRA, APROVEITADORA, VIL, verdadeiramente BANDIDA, para ser mais exato. Veja bem: como é que pode existir a intensão de favorecer uma parte da população, e prejudicar, ao mesmo tempo, ao outra parte, que não tem nada a ver com as desmazelas de muitos governos que nada fizeram?! Como é possível equacionar um recurso que é para 150 mil habitantes e, com a emancipação, 73% desse recurso será destinado para apenas 20% ou até 1/3 (um terço) daquele total de pessoas?! Como isso pode ser feito sem prejudicar a cidade-mãe, que contém estrutura e depende da verba total para cumprir e manter tudo que já foi realizado?!

Os discursos "inflamados" de deputados estaduais, presidente da ALERJ, "deputados paraquedistas", "dublê de apresentador", são todos casuístas, extremamente DEMAGÓGICOS e HIPÓCRITAS. O importante para esse tipo de político é o que pode ser feito para que eles sejam beneficiados, e pouco importa que mais de 100 mil pessoas irão ficar prejudicadas. Isso não é importante no momento. O que está em questão é o benefício da classe política e daqueles que têm interesse em se transformar em um deles, com criação de uma nova cidade, novos cargos políticos, um novo "sistema de interesses pessoais", ou seja, uma conjuntura onde uma classe apenas será beneficiada, e não a população. Tudo gira em torno de poder, cargos públicos e dinheiro para a classe política, que pretende dominar determinadas regiões, em detrimento do bem-estar de toda uma população.

Não tenho receio de expressar opinião em um momento que existe interesses diversos, de todos os lados. O que não posso é deixar de falar aquilo que está acontecendo. Não existiu, não existe e não vai existir qualquer movimento político que tente beneficiar uma população sem qualquer tipo de interesse. Isso é tão claro que, os discursos de "deputados profissionais" da capital não teria coragem de mostrar aos moradores do 2º Distrito que eles mesmos, os políticos, são os causadores do abandono daquela população, porque, mesmo com o poder na mão, não fizeram absolutamente nada pela região. Que "seus indicados" para cargos no TCU (Tribunal de Contas da União) fazem o que seus "indicadores" querem, e aprovam ou desaprovam as contas de determinado mandato como bem entendem, de acordo com as ordens de seus superiores, ou seja, daqueles que estão interessados em algumas coisas. Tais "pregadores" da emancipação, que participam de votações na ALERJ de acordo com seus próprios interesses, não assumem que são INCOMPETENTES, INTERESSEIROS, PROFISSIONAIS DO VOTO, e que somente fazem aquilo onde terão uma "GRANDE PARTICIPAÇÃO POLÍTICA", principalmente em ANO ELEITORAL.

Jorge Picciani, Paulo Mello, Paulo Ramos, Sabino, Wagner Montes e outros, que deveriam assumir a responsabilidade pela falta de representação do povo do 2º Distrito, preferem usar a "bandeira da emancipação" para se manterem no poder, utilizando discurso altamente DEMAGOGO e HIPÓCRITA, como eu já falei, para enganar a uma população humilde, e assim, quem sabe, investir muito dinheiro e promessas para que a maioria esmagadora da população que pertencem à cidade-mãe, ou seja, Cabo Frio, votem a favor da emancipação. Para isso, prezado(a) leitor(a), será necessária uma ESTRATÉGIA BEM CORRUPTA, com oferecimento de vantagens beirando a bandidagem, forçando a votação em massa a favor da emancipação. Sem isso, e em consciência plena, não vejo qualquer chance de que seja aprovada a emancipação no PLEBISCITO que será realizada em aproximadamente um ano, ou seja, em meados de 2011. Repito: para os "políticos profissionais" é mais fácil contruir uma destruição do que destruir coma construção, pois esta, seria uma construção benéfica a eles, para permanecerem no "PODER"!

"VIVEMOS EM UMA SOCIEDADE CORRUPTA, HIPÓCRITA e EGOÍSTA!" (Osmar Filho)