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domingo, 21 de março de 2010

UERJ em Cabo Frio: Parte 2 - Qual o melhor local para o campus?

Nessa 2ª e última parte, falarei da escolha do local para a instalação do campus da UERJ, que se tornou uma escolha pessoal de políticos e representantes/proprietários de jornal. Vamos aos fatos:

Nessa 2ª e última parte, a escolha do local para o campus da UERJ virou escolha pessoal dos políticos e proprietário de jornal de Cabo Frio. Continuemos: Depois da excelente intensão de instalarem o campus UERJ em Cabo Frio (primeira universidade pública na região), a promessa..., digo, o projeto travou, e agora esbarra na escolha do local para a devida instalação e confirmação de uma promessa que mais parece propaganda enganosa, falta de vontade de querer fazer, ou pura incompetência mesmo, como já disse anteriormente.

O governo de Cabo Frio, desde o mês de maio, vem propagando aos "quatro cantos" sobre o acordo feito com a UERJ e a instalção do campus em Cabo Frio. A partir de então, o governo de Cabo Frio, de forma intensa, começou a divulgar notas no site oficial do município, convocando a imprensa para vários eventos de divulgação do projeto. Tudo leva a crer que a estratégia, desde maio de 2009, era de utilizar os órgãos de imprensa para promover o governo municipal (Cabo Frio), assim como, todos os políticos que quiserem aparecer apoiando a iniciativa. Iniciativa esta que foi feita por representantes da UERJ. Um prato cheio para os políticos de plantão embarcarem e prepararem os holofotes e pedestais para aparecerem.

Isso, sem falar em proprietários de jornais, que são parciais (diga-se de passagem), para não perderam o pagamento de publicações oficiais em seus jornais, através do governo local; além de radialistas, pseudo-jornalistas, que camuflam informações e não perdem a oportunidade para divulgar da melhor forma o seu político ou candidato predileto. Tudo com interesses particulares, evidentemente. Uma verdadeira amostra do falso jornalismo. Mas, voltemos ao caso da UERJ: Depois de toda a propaganda, toda a divulgação na imprensa local, nada mais foi feito. Na escolha do local para a implantação do campus da UERJ, a divergência é clara e cresce cada vez mais. O reitor da UERJ sugeriu a implantação da estrutura no CIEP (Centro Integrado de Educação Pública - antigo Brizolão), no bairro Tangará, pouco depois do bairro Jardim Esperança, e bem próximo do bairro Eldorado 3 (bairro relativamente novo).

No bairro Eldorado 3 as ruas estão em pavimentação, sem comércio, onde a água chega apenas em algumas casas, e nas outras, seus moradores ficam na dependência de candidatos a cargo eletivo, que oferecem "carros-pipas" em troca de votos. Um bairro completamente abandonado. Já o bairro Tangará, é antigo, com comércios e estrutura razoável, mas nada que fascine os políticos para a instalação de um campus universitário lá. Por outro lado, o governo de Cabo Frio (prefeito e secretários), além de pseudo-jornalistas, querem a implantação da UERJ na estrutura onde está localizada o Colégio Estadual Miguel Couto, na Rua 13 de Novembro, bem próximo da Praia do Forte (foto ao lado). Área nobre da cidade. A informação do governo e seus colaboradores é de que o bairro Tangará é distante do centro da cidade, difícil acesso em virtude da precária situação de transporte do município de Cabo Frio. Isso, realmente eles têm razão: o sistema de transporte oferecido pela empresa Salineira é simplesmente ridículo e está longe de ser o ideal, mas o governo de Cabo Frio simplesmente ignora e não faz absolutamente nada.

O fato é que os políticos e seus aliados propagandistas preferem uma universidade no centro da cidade, para que os turistas passam e vejam, para que os filhos e demais parentes deles não tenham dificuldade para se locomoveram até o local. Na verdade, querem a universidade no quintal da casa deles, políticos. A tese que o ex-vereador Jânio Mendes (PDT/RJ), que é "DESCENTRALIZAR" os serviços de um município, parece plausível e devemos pensar bem nela. Distribuir os serviços pelo municípío de Cabo Frio, deslocando movimento para outros lugares é muito mais sensato, além de forçar o governo local a investir na melhora da estrutura do bairro onde ficará o campus da universidade.

O problema é que o governo não quer trabalho, não quer investir no município. O governo quer apenas fachada, quer investir somente no centro do município. No segundo semestre de 2009, apresentei um trabalho universitário, junto com meu grupo, com a instalação de um hipermercado no bairro Eldorado 3, com diversas lojas no seu entorno, para buscar investimento no local, em parceria com o Poder Público. No trabalho apresentado, o grupo mostrou a possibilidade de se criar empregos para os moradores do bairro e adjacentes, atraindo empresários, e promovendo investimento em pavimentação, saneamento básico, água para toda a localidade e luz elétrica completa (ainda tenho a cópia do projeto universitário do meu grupo). Hoje, estamos vendo a discussão do local ideal para fixar a UERJ. Pensamentos de políticos são curtos e normalmente a visão deles é somente para o espelho, somente para si (e também para seus apoiadores, dando-lhes muitas portarias, claro!).

Certo é que a instalação do campus da UERJ no Colégio Miguel Couto vai causar um grande trânsito de ônibus e vans no local, tumultuando o movimento de carros na cidade. Caso o campus seja instalado no bairro Tangará, o trânsito de veículos fluirá normalmente para os dois lados, tanto para quem vai para Búzios, Botafogo, Unamar, Santo Antônio, Barra São João, Rio das Ostras e Macaé, quanto para a região sul, sendo São Pedro D'Aldeia, Iguaba, Araruama, Saquarema e demais localidades.

Além disso, o bairro Tangará ainda receberá investimentos para melhorar a sua estrutura, podendo estender o investimento aos bairros vizinhos, em especial, ao bairro Eldorado 3, que precisa de quase tudo. Isso é exatamente o que a administração do município de Cabo Frio não quer fazer. Aliás, não faz há muito tempo. Está estagnada! Devemos sempre lembrar que a promessa da instalação do campus da UERJ foi para o início do ano de 2010, com cursos à distância no 1º semestre e cursos presenciais no 2º. Vamos ver se tudo que foi falado vai sair do papel, ou se vai se confirmar em propaganda enganosa! Aguardemos!!!

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