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quinta-feira, 25 de março de 2010

O dinheiro e a fama podem atrofiar o cérebro.

Existem muitas questões sobre a influência do dinheiro na vida do ser humano. Observamos a modificação do dinheiro na vida de uma pessoa, quando esta é pública, famosa, muito conhecida. Isso acontece muito com os artistas de TV, apresentadores, jogadores de futebol profissional, entre outras profissões. Essas pessoas não estão preparadas para a fama e o dinheiro repentino que começa a entrar na conta bancária. Podemos ver as "celebridades" se transformarem e começarem a agir de outra forma, quando a fama e o dinheiro estão em destaque. Muitas das transformações nós podemos observar em cobertura jornalística de futebol profissional, em campeonatos disputados pelos chamados "grandes clubes", e que têm em seu plantel (time), jogadores famosos, com bagagem internacional, e que ganham verdadeiras fortunas de salário.

Com contratações de jogadores desse porte, existem muitos problemas a serem administrados pelos dirigentes e treinadores (técnicos) dos clubes, vez que existe muita vaidade de jogadores que querem aparecer ou se mostrarem mais importantes que os demais. Sabemos que a maioria dos jogadores que alcançam do topo têm origem de família humilde e de comunidades muito carentes. Abandonam os estudos e se arriscam no futebol. Podemos citar vários, mas quero especificamente hoje citar o Ronaldo Nazário, conhecido como "Ronaldo Fenômeno", apelido dado pelo narrador esportivo, Galvão Bueno, da Rede Globo de Televisão. Ronaldo despontou no time chamado São Critóvão, que hoje disputa a série "B" (2ª divisão) do campeonato carioca. Depois foi para o Cruzeiro (Belo Horizonte, capital mineira), destacando-se de forma rápida. De lá foi para a Holanda, Espanha e Itália, sendo convocado para jogar na seleção brasileira, inclusive, em Copa do Mundo de futebol (foto acima). No início do ano de 2009 retornou ao Brasil, onde atualmente joga no Corinthians Sport Club, um dos grandes clubes de São Paulo.

Citei Ronaldo por um fato acontecido no dia 24/03/2010, onde o Corinthians perdeu uma partida para o último colocado do campeonato, cujo nome do clube é Paulista. Após o derrota, como é de praxe, toda a imprensa "cercou" o jogador Ronaldo quando este saída do campo, e começaram a entrevistá-lo, depois que a torcida se irritou com a derrota e a atuação ruim do jogador. Ronaldo falou: "Nós damos a cara sempre... Tenho as costas largas, boas para bater e espero que batam em mim e não nos meninos de 20 anos, como vi durante a semana". O Ronaldo estava se referindo às críticas da impresa aos jogadores do Corinthians, diante das atuações fracas do time. Até aí, tudo bem, e assumir a responsabilidade total é uma grande virtude. Mas... mas, ao sair do estádio (Pacaembu) onde foi realizada a partida de futebol, o jogador Ronaldo, antes de embarcar na sua BMW presta, cercada de policiais militares - que não deveria exercer segurança exclusiva a um civil -, Ronaldo fez um gesto obsceno com o dedo médio da mão direita (foto ao lado) para as pessoas que protestavam na saída dos jogadores. Foi o suficiente para a torcida imediatamente pedir a saída do jogador, que até então, era idolatrado. No dia seguinte, depois que a mídia estampou o momento do gesto na internet e em jornais, quando flagrado por fotógrafos e câmeras de TV, o jogador Ronaldo e o clube vieram a público explicar ou dar desculpas informando que o gesto foi exclusivo para uma pessoa que havia ofendido o jogador, cujo torcedor não foi identificado.

De qualquer forma, o episódio foi decadente para a importância do jogador (devemos lembrar que esse mesmo jogador foi escolhido "Embaixador da Unicef"). Interessante, neste caso, o extremo de atitudes, com intervalo de menos de uma hora, aproximadamente. Primeiro, o jogador Ronaldo assume as responsabilidades por atuações ruins e pede para que "batam nele... que critiquem ele...", e no momento seguinte, ao sair do estádio, em seu carro particular, tem uma infeliz e pobre atitude de fazer gesto obsceno para suposto ofensor. Excelente exemplo, hein?! É isso que faz o dinheiro e a fama, quando determinadas pessoas, que saem do nada e encontram a fama e o estrelato.

Juntamente com destaque midiático, surge a incapacidade de administrar momentos difíceis, ruins, e apelam para respostas infelizes, extremamente grosseiras e que mais vale para mostrar que a conta bancária tem muito dinheiro, mas o cérebro foi atrofiado, contaminado. São extremamente despreparados. Infelizmente, tais exemplos são uma rotina entre os famosos ou anônimos que têm poder ou dinheiro. Em qualquer um dos casos, o cérebro é vazio! No caso aqui apresentado, a falta de instrução e educação são latentes, e pode-se notar também a vaidade do jogador mencionado, que preferiu ir embora em seu carro particular, chamando a atenção de todos, cercado de policiais, em vez de seguir com todos os outros companheiros no ônibus do clube. Mostra que não existe companheirismo, e que o estrelismo impera para jogadores assim. Uma afirmação fala muito sobre isso, conforme disse o grande magnada americano: "O MAIS POBRE HOMEM QUE CONHEÇO É AQUELE QUE NÃO TEM OUTRA COISA A NÃO SER DINHEIRO!"

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