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quinta-feira, 18 de março de 2010

Políticos do RJ pedem socorro ao povo

No dia 17/03/2010, foi realizada uma manifestação grandiosa na cidade do Rio de Janeiro. Toda a população do Estado do Rio de Janeiro foi convidada para participar do protesto contra a famigerada emenda nº 387, correspondente ao Projeto de Lei 5.938/09, idealizada pelo deputado federal, Ibsen Pinheiro. Depois da derrota na primeira votação na Câmara Federal, dia 10/03/2010, agora os políticos de todo o Estado do Rio de Janeiro, antes que a votação seja realizada no Senado, literalmente recorre ao povo, para que este mostre indignação contra a emenda que pode arruinar o Estado do Rio e 90 municípios, aproximadamente.

A informação da polícia militar foi de que aproximadamente 15 mil pessoas estiveram presene no evento, de toda a parte do Estado Fluminense, principalmente dos municípios produtores e os que têm participação nos royalties foi convocada para ir às ruas e se manifestar contra a medida considerada demagógica, eleitoreira e distruidora. Moradores do município de Campos dos Goytacazes - forte produtor de petróleo - (foto acima), da Região Norte-Fluminense, a aproximadamente 280km de Cabo Frio, estiveram presente ao movimento realizado nas proximidades da Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro.

Os líderes políticos do Rio, de diferentes partidos, mesmo adversários, deram as mãos e foram às ruas, unindo-se ao povo, numa corrente contra a menda, mostrando solidariedade e pensamento uníssono. Tudo muito bonito, tudo muito comovente, mas... mas, devemos ficar atentos que os políticos não jogam para perder, evidentemente. Quero dizer que a classe política verdadeiramente está preocupada com o dinheiro que poderá de entrar nos cofres públicos, e que deveriam ser investidos de forma correta, na sua integralidade. Os políticos, talvez, se preocupam com o dinheiro que deixará de entrar, e que usam em ano eleitoral, para começarem obras em determinados locais; estão com medo de deixarem de receber o dinheiro que viabiliza dimunir a pobreza, mas não o fazem, e desviam para outra finalidade, com interesse pessoal, aguardando outra oportunidade para, quem sabe, minimizar o povo carente e sofrido; acredito também que esses mesmos políticos ficam preocupados com o rendimento dos governos, vez que correm o risco de não mais usarem helicópteros em suas turnês de inaugurações, que viram palcos para propaganda pessoal, 'grupal'.

Os discursos, sempre com referência à determinada obra realizada ou inaugurada, deixam transparecer que o feito realizado foi um favor para a população. Na verdade, todos são eleitos para cumprir o mandato decentemente, em favor de todos aqueles que votaram neles ou não. A luta contra os políticos representantes de todos os outros municípios que não são produtores de petróleo vai ser dura e longa, podendo chegar à Justiça. No entanto, após essa batalha ferrenha, com "unhas e dentes", devemos analisar o que poderá ser feito, quando da vitória da permanência do "ouro negro" nos Estados produtores, e, respectivamente, em seus municípios.

Espero que todos os políticos que hoje gritam em microfones, que conclamam para passeatas, que choram desesperadamente, e que mostram toda a indignação com a "covardia" contra o Rio, após o desfecho da situação, com vitória, convoquem a mesma população para participarem da fiscalização e destinação de todo o dinheiro que voltará a entrar diretamente nos cofres do governo. Essa mesma população que hoje está na rua, deve se preocupar e engajar-se no objetivo de reivindicar aos governantes o correto investimento de todo o dinheiro do petróleo nas áreas determinadas. Nenhum centavo pode ser desviado para algo que não seja realmente necessário.

Vamos ficalizar, vamos sair às ruas para dizer que queremos saber para onde está indo todo o dinheiro do povo. A honestidade dos políticos tem que aparecer qualquer dia desses, ou valerá para eles o que diz um pensamento sueco:

"A HONESTIDADE É COISA DURÁVEL POR TER GERALMENTE POUCO USO!"

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