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domingo, 25 de abril de 2010

Acontece em Cabo Frio: Fiscais da "Postura" estão abusando do poder que lhes outorgaram

Tenho comentado aqui que o poder e a fama repentina atrofiam o cérebro. É incrível como um ser humano se deixa contaminar com facilidade pelo "poder" ou pela "fama meteórica" que alcança, ou que lhe é imposto. A famosa frase "quer conhecer verdadeiramente uma pessoa?! Dê-lhe poder!", realmente prova, na prática, o que é muito lamentável: utilização de um cargo, posição ou "status" para sobrepujar a outras pessoas. É uma coisa repugnante, despresível, praticada por pessoas que têm "duas caras", ou dupla personalidade.Tais pessoas têm menos valor do que a própria máscara que usam.

Na cidade de Cabo Frio, alguns fiscais do setor de "Fiscalização e Postura", responsáveis pela fiscalização dos comerciantes/vendedores ambulantes, que andam nas praias ou nas ruas vendendo alguma coisa (sorvete, milho-verde, açaí, salgadinhos, refrigerantes, tangas, óculos, etc.), estão exacerbando nas suas funções, e tratando os ambulantes de forma ríspida os ambulantes, seja na praia ou em trânsito pela cidade. Tem caso que o fiscal trata com certa ignorância, como foi o caso de um senhor de 67 anos de idade, cujo nome não vou divulgar para que ele não sofra represálias, pois nunca se sabe o poder de um revanchista travestido de fiscal. A situação é triste, muito triste!

O caso do senhor de 67 anos eu tomei conhecimento no dia 25/04/2010, domingo, no último dia do feriadão. Encontrei com este senhor, próximo ao bairro Vila Nova, em Cabo Frio, e, vendo a disposição dele, empurrando o carrinho de trabalho, o parabenizei pela grande disposição. Simpático, ele sorriu, parou de empurrar o carrinho, e começou a conversar comigo. Falamos da situação da orla da
Praia do Forte, devido às ressacas, que invadiu boa parte da areia, chegando a alcançar o deck, que fica no local conhecido como "Malibu". Com a invasão da água, os ambulantes e barracas tiveram a limitação para utilizar o espaço na armação de barracas e cadeiras.

Nesse momento, ele me contou um fato que ocorreu com ele, quando estava ainda na rua, na próximo ao calçadão, quando foi abordado por um fiscal de portura, digo, por uma pessoa travestida de fiscal. O trabalhador de 67 anos, que poderia estar em casa descansando e curtindo a aposentadoria, mas gosta de se movimentar e o trabalho lhe dá prazer e o mantém ativo, o que é louvável e saudável. O idoso contou que com essa ressaca no mar, e a praia invadindo toda a areia, ele tem receito de entrar com o carrinho de produtos dele, poi
s corre o risco de ser tompado e perder a mercadoria, pois eram alimentos.

Em um desses dias, o senhor idoso ficou no asfalto à beira-mar, próximo ao calçadão, observando o movimento das ondas, para ver onde estava indo. Foi quando, neste momento, um suposto fiscal, quis mostrar sua "autoridade" e interpelou o idoso dizendo que ele não poderia ficar ali. Tranquilo, o idoso falou que estava apenas observando o mar, para tomar a decisão se iria entrar na areia para trabalhar ou se ia evitar um possível prejuízo, diante da maré agitada. O fiscal, sem paciência, insistiu de que ele não poderia ficar ali, pois era proibido. O trabalhador, na altura dos seus de 67 anos, repetiu que não ia ficar ali e estava observando o local onde poderia entrar ou se não ia trabalhar naquele dia. Neste momento, o idoso ficou constrangido e triste com a abordagem insistente do dublê de fiscal, mais parecendo um "xerife".

Podemos entender a reação do trabalhador, vez que estava sendo tratado de forma arrogante e sem o mínimo de educação, o que é essencial em todo e qualquer trabalho, e principalmente, em um setor de fiscalização, onde se exige paciência e sabedoria para resolver os problemas de forma a não precisar ofender quem quer que seja. Questão de humanidade, o que muitos fiscais não sabem o significado. Aliás, não creio que haja preparação para essas pessoas trabalharem nesse setor. Acredito que sejam todos contratados ou indicados por portarias, para atender os pedidos dos políticos da cidade e de seus amigos. Tudo uma questão de "generosidade", e quanta generosidade! Quero ver quando um desses fiscais entorpecidos pelo poder encontrarem alguém com conhecimento dos seus direitos. A coisa vai ficar "estreita"! (desenho acima)

Interessante que, na festa do "Festival do Marisco", realizada no bairro Peró, em Cabo Frio, um carro do setor de Fiscalização e Postura foi deixado em cima da calçada, sem qualquer cerimônia. Parece que a Lei é diferente para o setor público. Ou seja, parece que as normas não são aplicadas para os órgãos do município de Cabo Frio. Os fiscalizadores de Cabo Frio, segundo eles próprios, estão acima da Lei, e não devem obediência à mesma. Acredito que a doença do "poder", que contaminou o presidente Lula, também atingiu determinados fiscais em Cabo Frio, e acabaram ficando com os cérebros atrofiados. É complicado essa questão da soberba e do menosprezo às outras pessoas quando se está em um cargo ou posição um pouco acima. No entanto, tudo é passageiro, e nada como um dia após o outro!

"ZANGAR-SE COM UM HOMEM FRACO É UMA PROVA DE QUE VOCÊ AINDA NÃO É SUFICIENTEMENTE FORTE!" (Harry E. Fosdick)

Um comentário:

  1. concordo em parte, pois, se realmente aconteceu abuso de poder o cidadão deveria ter chamado a força policial e feito uma queixa crime. Mas, se o a cidadão estava exercendo seu trabalho sem autorização, o fiscal tem toda razão em repreendê-lo, desde que, conforme manda a lei, com sabedoria e educação já que não houve resistencia por parte do repreendido. A prefitura já esta chamando os aprovados no ultimo concurso para fiscais e a partir de outubro eles já estarão sendo preparados para exercer a função corretamente. Abraços. Flávio -F.perrone@hotmail.com

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