
Francisco Cembranelli, demonstrou ser um promotor centrado, simples, objetivo, e com muita tenacidade na sua atuação. Com mais de 20 (vinte) anos de atuação, chegou a ventilar uma possibilidade de aposentadoria após o julgamento do casal Nardoni. No entanto, depois de ter êxito e perceber que a sociedade apoiava o seu trabalho, resolveu rever a decisão e permanece atuando como promotor de justiça no Fórum de Santana, em São Paulo. Inclusive, na faculdade onde estudo, houve, em sala de aula, um comentário de que o referido promotor estava aproveitando a fama e aparecendo mais do que deveria, como se fosse um "Pop Star". Cheguei a defendê-lo, em sala de aula, dizendo que não tinha visto isso no julgamento, e suas aparições foram meramente para atender a imprensa, que solicitava informações e detalhes do julgamento que acabara de ser realizado, na ocasião.
Passado isso, depois o promotor foi a outros programas de TV, ou era entrevistado na porta do Fóruam onde trabalha, em São Paulo, o que é muito natural. Acontece que depois eu vi o ilustre promotor de justiça aparecendo em uma missa promovida pela morte de 05 (cinco) anos de Isabella Nardoni. Bem, isso já poderia ter sido evitado, vez que a exposição excessiva de um promotor de justiça na mídia, em situação particular, sem nada a ver com o seu trabalho, não condiz que a sua função. Neste caso, exclusivamente nessa aparição, realmente o promotor de justiça exagerou e não deveria ter se mostrado em um evento estritamente particular para a família. De qualquer forma, sua atuação, entrevistas, simplicidade e respostas objetivas a tudo que lhe era perguntando lhe valem a homenagem que a instituição onde cursou Direito irá lhe proporcionar. Está de parabéns!

Roberto Molina, inclusive, atuou em um programa de TV, que fazia a cobertura do caso Isabella, e, na ocasião, apresentou falhas e tendências incriminatórias no relatório da perita criminal de São Paulo, que acusava, já na perícia, o casal Nardoni. Se a defesa levasse isso ao tribunal, de forma técnica e com credibilidade, creio que poderia levantar uma dúvida maior nos jurados, e estes poderiam ficar em dúvida com a condenação do casal. Tudo muito complexo, e aqui analiso as coisas de forma subjetiva, evidentemente. Mesmo assim, a defesa ainda trabalhou muito para desqualificar a prova técnica, embora não tenha sido tecnicamente perfeita, e apenas com argumentos próprios, carente de um profissional que pudesse mostrar isso em plenário, para os jurados e o juiz que presidia a sessão, pois seria ele que iria arbitrar a pena, ou seja, o tempo que o casal ficaria preso.
Outra coisa que aconteceu e que foi lamentável, foi a agressão ao profissional que defendia o casal acusado, quando ele chegava ao Fórum para o julgamento. Roberto Podval, advogado, exercia o seu papel que deveria ser feito por qualquer outro profissional, e ele foi o contratado. Se não fosse ele, outro teria de fazer. E digo mais, poderia ser um defensor público, pago pelo estado, com o dinheiro dos contribuintes. São esses mesmos contribuintes que tentaram e conseguiram agredir o profissional que estava trabalhando, na defesa da Constituição Federal Brasileira, que determina que

A OAB prontamente repudiou a agressão realizada contra o advogado Podval, informando que o profissional não pode ser confundido com o seu cliente. Um advogado que estava comentando o caso por uma rede de televisão chegou a dizer que existiam criminosos do lado de fora do Fórum e que deveriam ser detidos para responderam pela agressão que realizavam contra o advogado que apenas exercia sua profissão normalmente. Realmente, o povo, mal informado ou querendo aparecer, exarcebaram na manifestação e perderam o bom senso, a razão. Isso é reflexo de pouquíssima informação e cultura, infelizmente. Aos profissionais que trabalharam na acusação (promotoria) e de fesa do casal condenado, meu apreço pelo trabalho realizado em defesa de democracia.
"UM POVO SEM EDUCAÇÃO É O COMO UM MANJAR SEM SAL!" (Provérbio abissínio)
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