Sabemos que os políticos pouco se importam com a educação. É certo também que muitos políticos preferem ser "profissionais na políticas" do que enfrentar uma sala de aula. E agora, temos mais uma confirmação de que o dinheiro público é disperdiçado com erros, e, além disso, prejudica diversos estudantes que se preparam para entrar em uma Universidade Pública. Para isso, os alunos tentam obter uma boa nota na prova do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) para conseguirem uma vaga no ensino superior público. O programa permite que o aluno seja matriculado em uma Universidade Pública somente com a nota do ENEM. Como a concorrência é grande, a nota tem que ser boa. No ano de 2009 já teve problema com o exame nacional, e muitas universidades ignoraram o ENEM. Neste ano de 2010, parece que os organizadores fizeram "especialização", e mais uma vez, erros fizeram com que a Justiça suspendesse o Exame.
Com uma liminar da juíza Karla de Almeida Miranda Maia, da 7ª Vara Federal do Ceará, a organizadora do evento, o INEP (instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), tem que cumprir a determinação para a suspensão do respectivo Exame. Por sua vez, o presidente do INEP, Joaquim José Soares Neto diz que não há motivos para a suspensão do exame. Pior do que ouvir isso, é observar, ao vivo na TV, o ministro da educação, Fernando Haddad (foto acima), fazer a manifestação dizendo que considera baixo o número de prejudicados. Não se sabe ao certo ainda o número de prejudicados, mais está em torno de 2.000 pessoas. Que fosse uma única pessoa, pois se houve prejuízo a esta pessoa, e reclamação formal, o exame deve ser cancelado. Justifica-se isso pelo princípio da ISONOMIA, onde todos os participantes devem ter o tratamento igualitário. Não importa a quantidade de pessoas atingidas, e sim, se houve erro na aplicação do referido princípio. Esse é o meu humilde entendimento.
A prova do ENEM foi aplicada em todo o Brasil, nos dias 06 e 07/11 (sábado e domingo). Porém, no sábado verificou-se o grande problema dos erros, atribuída à Gráfica responsável pela impressão das provas. Os estudantes reclamaram de erro na folha de resposta e no caderno amarelo. Ou seja, no caderno de questões, as primeiras 45 questões eram de ciências humanas e suas tecnologias e as outras 45, de ciências da natureza e suas tecnologias. No caderno de respostas, o primeiro subtítulo, referente às primeiras 45 respostas, era de ciências da natureza; depois, havia o anúncio das respostas de ciências humanas. Sobre as provas amarelas, os estudantes inscritos reclamaram que faltaram algumas questões, outras estavam duplicadas, e que questões direrentes estavam com a mesma numeração. Para completar a bagunça, havia perguntas da prova branca misturadas no meio do caderno amarelo. Concluindo: "O CARNAVAL FOI REALIZADO FORA DE ÉPOCA!'.
Bem que o Ministério Público Federal, em Ação Civil Pública, tentou anteriormente à data da aplicação das provas, suspender o ENEM; porém a juíza indeferiu o pediu, afirmando que "não havia fato palpável que traduzisse justo receio quanto à segurança do certame". Porém, depois da "casa arrombada", prejudicando diversos estudantes, e com o dinheiro público jogado no "ralo", a Justiça resolveu se manifestar a favor da suspensão do Exame. Ou seja, o tal "fato palpável" apareceu, a juíza viu, e é bem grande: MILHÕES DE REAIS NO LIXO! E até agora, só se ouviu desculpas das autoridades incompetentes, buscando diminuir os erros cometidos, e colocando culpa em apenas um funcionário da gráfica responsável. COISA DE DOIDO MESMO! Inconformados com a situação, algumas pessoas levaram o caso para a polícia.
Uma dos registros na polícia foi realizado por Agnelo Aparecido Vieira (foto ao lado), na cidade de Itabira, em Minas Gerais (alguns quilômetros de Ipatinga-MG, em direção a Belo Horizonte), quando o estudante constatou que várias questões da prova apresentavam duplicidade, e que também faltavam questões que não apareciam no caderno de respostas, confundindo os estudantes. Bem fez o estudante, que reclamou seus direitos. Não ficou acomodado e não se intimidou com ninguém, observando seus direitos e agindo corretamente. Digo mais: acredito que também haja a possibilidade de uma indenização, pelo tempo investido no estudo, na preparação para a prova, e recebendo em troca, a incompetência do governo federal e da adminstradora do ENEM, responsáveis por tudo. Estamos no Brasil, onde o CARNAVAL É FEITO FORA DE ÉPOCA TAMBÉM NO GOVERNO FEDERAL. Meus Sentimentos!!!
Em tempo: Para evitar que os brasileiros soubessem da decisão judicial e que tudo fosse mantido em sigilo (olha os políticos bandidos se manifestando), o INEP solicitou que não fosse divulgada a LIMINAR da juíza. No entanto, a magistrada negou o requerimento e fez isso de próprio punho, ao final da sentença, abaixo de sua assinatura, escrevendo o seguinte: "A decisão supra está repousada em fatos públicos e notórios, objeto de ampla divulgação na mídia. Portanto, autorizo a publicação desta decisão por entender que não MALFIRE o sigilo requerido pela parte ré". Cometem erros, prejudicam estudantes, disperdiçam dinheiro público, e ainda não quer que divulguem. É quase uma DITADURA. Bem, eu iria escrever algo bem forte aqui, mas, em respeito os ilustres leitores, vou usar o bordão do Bóris Casoy apenas: "ISSO É UMA VERGONHA!!!"
OBSERVAÇÃO: A inclusão da palavra "MALFIRE" nete último parágrafo foi graças à importante participação de um(a) leitor(a), através de um comentário no respectivo assunto, pois até então, eu ainda não tinha decifrado a bendita palavra, pois não estava legível na cópia que eu tinha disponível, escrita de próprio punho pela magistrada. Novamente, agradeço à pessoa que enviou a valiosa contribuição, apesar de não poder dizer o nome, já que não se identificou. Aproveito a oportunidade e deixo a tradução de "MALFIRE", do verbo "MALFERIR", que significa "ferir gravemente ou mortalmente". É por essas e outras que já existe Projeto de Lei para que os(as) juízes(as) escrevam de uma maneira menos rebuscada, prolixa, requintada. Traduzindo: o objetivo é escrever de forma simples, para que todos os cidadãos entendam o que está escrito, mesmo que esteja escrito de forma um pouco apagada. (risos!)
OBSERVAÇÃO: A inclusão da palavra "MALFIRE" nete último parágrafo foi graças à importante participação de um(a) leitor(a), através de um comentário no respectivo assunto, pois até então, eu ainda não tinha decifrado a bendita palavra, pois não estava legível na cópia que eu tinha disponível, escrita de próprio punho pela magistrada. Novamente, agradeço à pessoa que enviou a valiosa contribuição, apesar de não poder dizer o nome, já que não se identificou. Aproveito a oportunidade e deixo a tradução de "MALFIRE", do verbo "MALFERIR", que significa "ferir gravemente ou mortalmente". É por essas e outras que já existe Projeto de Lei para que os(as) juízes(as) escrevam de uma maneira menos rebuscada, prolixa, requintada. Traduzindo: o objetivo é escrever de forma simples, para que todos os cidadãos entendam o que está escrito, mesmo que esteja escrito de forma um pouco apagada. (risos!)
"OS CIENTISTAS SE ESFORÇAM POR FAZER POSSÍVEL O IMPOSSÍVEL; OS POLÍTICOS POR FAVER O POSSÍVEL IMPOSSÍVEL!" (Bertrand Russell; conde inglês, filósofo e matemático, 1872-1970)
Osmar,
ResponderExcluirfico imaginando um outro governo qualquer fazendo este monte de asnices; e os esquerdopatas raivosos, insanos e desocupados na oposição. A quantidade de impropérios e xingamentos que iriam bradar. Se bobear, até passeata fariam.
Mas, como são os ineptos que estão no poder, os irados de plantão fingem que nada está acontecendo. Quando se manifestam é para minimizar as asnices. Esquerdopatia tosca e iracunda é uma doença incurável.
À propósito: o órgão público encarregado de gerenciar o ENEM é um tal de INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). INEP deve ser abreviatura de INEPTO.
Abraço.
Prezado Paulo Figueiredo,
ResponderExcluirPerfeita a sua observação sobre o INEP. Concordo plenamente contigo sobre o que deveria ser a abreviação do referido órgão. E ainda temos que ouvir "babozeiras" dos responsáveis. LAMENTÁVEL!
Obrigado pela participação e um abraço!
Osmar
ResponderExcluirUma pequena contribuição ao seu blog.
Na verdade a transcrição do texto escrito de próprio punho pela juíza é o seguinte: "A decisão supra está repousada em fatos públicos e notórios, objeto de ampla divulgação na mídia. Portanto, autorizo a publicação desta decisão por entender que não MALFIRE o sigilo requerido pela parte ré".
Prezado Leitor,
ResponderExcluirGrato pela sua colaboração. Substitui a palavra porque não consegui decifrar a referida palavra que você forneceu primorosamente, pois a cópia que eu consegui não estava legível.
De qualquer forma, agradeço e já fiz a inclusão da palavra no texto, com a sua respectiva tradução. Porém, a palavra substituta não altera o entendimento da decisão.
Por favor, na sua próxima participação, se não você não conseguir colocar seu nome no início do comentário, escreva-o no final do mesmo, ou seja, dentro do próprio comentário. Assim, posso agradecer diretamente a você, nominalmente.
Um abraço e participe sempre!
Osmar, há denúncias de que o Ministério da Educação, como todos os outros, estava todo empenhado na campanha presidencial e negligenciaram com as atividades. Só pode ser verdade, para explicar tamanha lambança com as provas do ENEM, à cargos dos INEPTOS.
ResponderExcluirEstá também explicado as várias listas correndo de reitores e professores em apoio á candidatura do PT. Era pressão do Ministério.
Fora os e-mail corporativos passados por órgãos públicos.
Moralidade e lisura passam longe desta corja.
Abraço
Prezado Paulo,
ResponderExcluirNão tenho dúvidas que os ministros trabalharam na campanha da candidata de Lula, incansavelmente. Inclusive, o proprio Lula deixou de trabalhar para intencificar a campanha da Dilma, que não ganhou no primeiro turno. Fez até passeata sem a candidata, como se participasse de uma reeleição.
Sua informação procede e a imprensa mencionou isso em suas reportagens. Obrigado!!!
Um abraço!
Segundo um ouvinte do programa do Amaury Valério: "A Dona SALINEIRA/SETRANSOL não aceita carteira de trabalho para que seja retirado o cartão do Transporte SETRANSOL." Ou seja, vale para você eleger um presidente, mas não vale para tirar um cartão na Dona Salineira/SETRANSOL. Afinal de contas, a carteira de trabalho e previdência Social, não é um documento oficial com foto?
ResponderExcluirNão posso dizer que isso é uma vergonha, porque já passou de vergonha.
A cada dia que passa, fico mais chocado com o abuso dessa empresa.
Até quando, Osmar? È a Dona Salineira. Está sumido, colega!
Um abraço!
Olá Júlio,
ResponderExcluirMeu computador "parou geral" e tive de colocá-lo na "UTI" para recuperá-lo.
Voltei hoje, dia 23/11/2010 com as postagens.
A empresa SALINEIRA é uma VERGONHA mesmo. A coisa é séria, colega! A situação está cada vez pior.
Obrigado por suas participações no Blog.
Um abraço!